À medida que o número de carros aumenta nas estradas portuguesas de ano para ano, o mesmo acontece com os acidentes causados pelos maus hábitos de condução.
Devido a esses comportamentos, as marcas foram aprendendo a interpretar os sinais dos mercados e foram reforçando, ao longo dos últimos anos, os seus dispositivos de segurança ativa automóvel. Estas mudanças tiveram o objetivo de tornar os carros ainda mais completos e seguros.
Com efeito, neste artigo vamos falar de sistema de segurança ativa. Quais são e o seu papel na proteção e defesa do condutor.
Segurança ativa: conhece os sistemas que o podem ajudar?
Atualmente, existem sistemas de segurança passiva e ativa. No caso dos sistemas de segurança ativa, eles variam consoante o modelo automóvel em questão e adaptam-se a cada um deles.
Face às normas obrigatórias de segurança rodoviária, muitos dos sistemas de segurança ativa já estão incluídos nos modelos standard das marcas. Contudo, alguns deles podem ser adicionados voluntariamente pelo proprietário.
A tecnologia de segurança ativa pode impedir que os acidentes aconteçam ou, pelo menos, ajudar ativamente o condutor a reduzir o impacto em caso de uma situação de emergência. Nesse sentido, o principal objetivo dos sistemas de segurança ativa é monitorizar constantemente o desempenho e o ambiente em redor de um veículo.
Vejamos agora quais são a que dispositivos de segurança ativa nos referimos.
Tipos de sistemas de segurança ativa
Os amortecedores e os pneus
Os amortecedores e pneus são o único ponto de contacto entre o carro e a estrada. Ano após ano, eles vão oferecendo cada vez menos aderência, menor distância de travagem e, acima de tudo, menor controlo sobre o veículo na hora de uma situação inesperada. É, por isso, imprescindível não abdicar da manutenção destes componentes, de forma a que mantenham sempre o seu bom estado e cumpram a sua função no que toca à segurança ativa.
Sistema Anti-Bloqueio (ABS)
A par do cinto de segurança e o airbag, o ABS é o sistema de segurança ativa que mais tem contribuído para a vida humana. Ele reage perante os indícios de bloqueio dos pneus, regulando a pressão sobre o sistema de travagem sem que o condutor tenha de intervir.
No fundo, evita que os pneus derrapem durante uma travagem mais repentina. Ao melhorar a eficácia do sistema de bloqueio, diminui a distância de travagem do carro.
Direção assistida
Grande parte dos veículos mais recentes já estão equipados com direção assistida. Ela é um sistema de segurança ativa que tem como objetivo duas coisas fundamentais: aumentar o conforto do condutor ao volante e ajudar a manter a trajetória quando existe uma maior velocidade de condução.
Sistema de tração das rodas
Ajuda a impedir que um veículo derrape e o motorista perca o controlo. Esta tecnologia ativa automaticamente os travões para ajudar a manter o veículo na direção certa.
Por outras palavras, faz com que as rodas mantenham a aderência na estrada quando conduzimos em velocidade. Além disso, está interligado com o ABS, para que este “saiba” que as rodas estão prontas para parar ou estabilizar.
Controlo de estabilidade
Este sistema de segurança ativa funciona nas quatro rodas e possui quatro tipos diferentes de sensores: ângulo de direção, velocidade de rotação de cada roda, ângulo de rotação e aceleração transversal.
No fundo, são o suporte necessário, tal como o sistema de tração, que permite aos eixos e às próprias rodas manter a sua rota.
ADAS (Advanced Driver Assistance Systems — Sistema de Assistência ao condutor)
O ADAS é um conjunto de sistemas de segurança ativa que ajudam também a prevenir os riscos que possam surgir durante a condução.
Com as constantes inovações tecnológicas e exigências do mercado, cada vez mais surgem dispositivos que visam dar resposta a necessidades muito específicas. Seguem listados alguns dos exemplos do sistema ADAS.
- Aviso de Saída de Faixa de Rodagem: Se o carro sair da faixa de rodagem, este sistema emite um alerta ao condutor. Além disso, monitoriza a posição do carro na via de trânsito.
- Travagem de Emergência automática: Consoante a proximidade dos carros que seguem à frente na faixa de rodagem, este sistema começa a travar automaticamente e de forma suave. Evita, assim, uma colisão iminente mesmo que o condutor não trave com o seu próprio pé.
- Alerta de Colisão: Muito semelhante ao sistema de travagem de emergência. Em caso de perigo iminente, emite alerta luminoso ao condutor.
- Alerta de sentido contrário: Um sistema bastante intuitivo que trabalha com as informações fornecidas pelo GPS, para detetar se o carro está a circular em sentido contrário.
- Sensor de ângulo morto: Este sensor permite detetar a presença de um veículo no ponto morto dos espelhos retrovisores. É bastante útil para ultrapassagens e distâncias de segurança entre veículos.
- Assistência inteligente de velocidade: Este sistema de segurança ativa impede ativamente que os condutores excedam o limite de velocidade, com base na informação do GPS.
- Monitorização da pressão dos pneus: Um sistema bastante útil para quem se esquece de verificar a pressão do ar dos pneus. Em tempo real, é um dispositivo que indica o estado e os níveis de ar nos pneus.
- Sistema Anti-sono: Consoante a duração da viagem ou a distância percorrida, este sistema calcula o momento exato em que o condutor deve fazer uma pausa na sua condução para descansar.
Já conhecia algum destes sistemas de segurança?
Com efeito, é de esperar que os sistemas de segurança passiva e ativa não fiquem por aqui e mais novidades continuem a surgir no mercado. Mesmo que, muitas vezes, os sistemas de segurança ativa passem despercebidos ao condutor, eles fazem parte do seu veículo e continuarão a evoluir no sentido de lhe proporcionar tanta segurança na estrada quanto possível.